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Revell Mikoyan-Gurevich Mig21MF Fishbed 1/32

ETAPA 09: "ARMAMENTO"

PARTE 1: "CANHÃO"

O protótipo do MIG-21 não tinha armamento fixo. Nas primeiras versões, utilizava dois canhões modelo NR de 30 mm: Competente, mas com cadência de tiro baixa para interceptação e muito pesado. Nas versões seguintes do avião, o canhão foi eliminado, ficando apenas os cabides para armamentos diversos. Os indianos usuários do MIG-21 reclamaram com a MIKOYAN e a mesma disponibilizou o módulo GP-9 contendo o excelente canhão GSh-23L (um canhão único mas com dois canos de 23 mm). Este canhão apresenta boa cadência de tiro e igual eficiência em relação ao NR-30, podendo levar mais munição que o primeiro sem comprometer o peso (normalmente leva 200 projéteis). Este módulo era transportado no cabide ventral do avião.

Mais tarde, o GSh-23L foi adotado como armamento padrão fixo nas versões posteriores do MIG-21, ficando embutido na "barriga" do avião (à frente do cabide central), com a munição disposta em uma espécie de "anel" em volta da fuselagem (internamente entre o duto de ar do motor e o revestimento da fuselagem).

O kit da Revell apresenta este canhão com sua respectiva carenagem ventral, mas é fraco nos detalhes como, por exemplo, a ausência dos canos e os orifícios de ventilação não vazados.

Efetuei modificações utilizando arame e chapas de alumínio para criar os canos. Os orifícios de ventilação vazados foram confeccionados com chapa de alumínio devidamente dobrada e lixada.


Peças utilizadas: Arame, e tubos feitos com alumínio. Notem a diferença de resultado em comparação às peças plásticas que acompanham o kit.


Canos do canhão prontos. Falta unir o conjunto.




Conjunto unido: acabamento muito mais realista!

PARTE 2: "MÍSSEIS"

Conhecido como "K-13" (ou "R-3" ou mesmo "Objeto 310") o míssel "ATOLL AA-2" (Nome adotado pela OTAN) é um míssel que teve sua origem em 1961. O primórdio deste míssel ocorreu em 1958, no conflito entre Taiwan e China, com aviões F-86 atacando os MIG-15 Chineses com mísseis americanos "Sidewinder" (aliás, com boa margem de resultados: os F-86 de Taiwan destruíram 31 MIG-15, contra apenas dois F-86 derrubados). Em um destes ataques, um AIM-9 Sidewinder entrou na tubeira de um MIG-15 sem explodir. Ao aterrisar em sua Base, técnicos soviéticos efetuaram uma análise minuciosa no míssel, surgindo, algum tempo depois, o "K-13" equipando os caças russos (na realidade uma "cópia soviética" do Sidewinder).

As versões do "AA-2" causam confusão conforme a nomenclatura: O "AA-2" possui versões de orientação infravermelha (AA-2A e AA-2D) e semi-ativa (AA-2B e AA-2C). Para distingui-los, deve ser observada a aparência do míssel: os que apresentam a cabeça com uma espécie de "olho" vítreo são da versão "IR - Infra Red" e os que apresentam a cabeça pontuda (sem a frente envidraçada) são da versão "SAR - Semi-Active Radar" (inclusive o míssel tem um comprimento maior).

O míssel "AA-2" evoluiu para o "AA-2-2" abrangendo as duas versões ("IR" e "SAR"), mantendo as aparências de identificação, um pequeno aumento no comprimento de ambos (2,84m contra 2,87m para o "IR" e 3.0m contra 3.5m para a versão "SAR") e uma nomenclatura diferente: K-13M/R-13M ("AA-2-2 ATOLL-D") para a versão "IR" e K-13R/R-13R ("AA-2-2 ATOLL-C") para versão "SAR".

Os Chineses também copiaram este míssel com denominações técnicas de PL-2 / PL-3 / PL-5 e na Rússia, o nome "R-3" evoluiu para "R-13" (realmente é uma confusão de nomes), mas as diferenças evolutivas entre as diversas versões estão na melhoria do alcance, carga explosiva, maior peso e velocidade final.

O kit da Revell apresenta dois mísseis cujo formato mais se assemelha ao Sidewinder do que ao AA-2 soviético.


Peças originais do kit. Mais parecem com o modelo Sidewinder do que o AA-2.

Decidi modificá-los para o padrão AA-2-2C "Advanced Atoll". Para isso, lixei e montei as peças para depois desbastar suas aletas (tanto as direcionais como as fixas) visando o formato correto da peça (existem diferenças de ângulo e tamanho, relacionadas ao Sidewinder). Uma vez corrigido o tamanho, lixei a frente do míssel para torná-la plana e cortei um pedaço de sprue cujo diâmetro é igual ao do míssel montado.

Utilizando fogo de vela, amoleci o sprue e estiquei de forma que o mesmo passou a apresentar uma parte afilada. Cortando o centro deste afilamento, obtive as novas pontas dos mísseis, convertendo a versão "D" para "C", bastando lixar até o tamanho correto (respeitando a escala 1:32).


Uma vez coladas estas novas pontas, obtemos o padrão AA-2-2C desejado.


Utilizando pequenos pedaços da chapa de alumínio, criei os "torvelinhos" auxiliares de direção (as pontas que ficam nas aletas direcionais traseiras (e fixas) do míssel).

PARTE 3: "LANÇA-FOGUETES"

O lança-foguetes soviético UV-16-57 vem de um padrão antigo dos anos 50 (explosivos incendiários e perfurantes para blindagens médias). São dois modelos: UV-16-57 e UV-32-57, ou seja: 16 foguetes "S-5" de 57 mm ou 32 foguetes "S-5" de 57 mm.

A vantagem deste pod de foguetes é seu baixo peso em relação a calibres maiores (o SNEB francês usa foguetes de 68 mm que pesam mais) e velocidade de saída do projétil superior aos concorrentes.


A eficiência decai somente contra blindados mais modernos (com melhor blindagem), mas os soviéticos já têm pods de foguetes que atendam a estes casos.

O kit Revell não apresenta este tipo de armamento. Decidi cria-los em Scratch para compor o modelo Egípcio. Aqui vale uma ressalva: Quando efetuar um processo de Scratch em seus modelos, fique atento para a escala correta e para um acabamento no mínimo "decente" (sob pena de seu Scratch ficar ruim e destoar do modelo no todo). Quando for criar uma peça "do zero", tenha em mente que esta deve ser tratada como se fosse um modelo no todo. Pesquise, calcule, enfim, faça um serviço completo para que o resultado também se sobressaia ao objetivo final.

Utilizando o computador, efetuei o desenho do conjunto, nas proporções de escala previamente calculadas. Este desenho vai ser seu "gabarito" para compor o modelo 3D da peça.


Desenho em escala 1:32 que auxilia o plastimodelista na criação de uma peça em Scratch.

Utilizei parte de um foguete SNEB 1:32 (que eu tinha sobrando no meu estoque de peças sobressalentes) e cortei a parte dianteira na proporção do UV-16-57. Depois de recortar os gabaritos em papel, recortei as peças em chapa de alumínio.


Processo de corte das peças. Nesta fase, diversos testes são necessários para se encontrar o "ponto certo" da peça. Reparem os "gabaritos" em papel: Eles servem para os testes e recortes finais da peça.

Com o gabarito por cima da chapa de alumínio e com o auxílio de uma punção, demarquei os furos do bocal exaustor dos gases de propulsão dos foguetes.


Furos no alumínio, com auxílio do gabarito. É necessário lixar os furos após o processo.


Peça cortada e com seus detalhes prontos.


Peça pronta (falta acabamento final, mas já dá para se ter uma idéia do resultado).

A parte de trás do UV-16-57 apresenta furações para saída de propulsão do foguete lançado. Com uma chapa de alumínio circular e devidamente furada, retratei esta peça.

Pintei com preto fosco e lixei os furos para acentuar o efeito.

Os SNEB apresentam 18 foguetes (06 na primeira leva e 12 na segunda leva). A disposição dos tubos é semelhante ao modelo soviético. Fechei os buracos da primeira leva com putty e fechei também o buraco superior da segunda leva (isso deixam livres 11 buracos na segunda leva e a frente livre para receber os cinco tubos do UV-16-57, totalizando os 16 foguetes deste tipo de Pod).

Utilizando chapa de alumínio, confeccionei os tubos dianteiros de saída dos foguetes. Com o devido processo de lixa, foram colados no conjunto, perfazendo finalmente o modelo UV-16-57 soviético.


Tubos devidamente lixados e colados no pod.



Pod de foguetes UV-16-57 finalizados. Notem os detalhes das junções desgastadas e as argolas de fixação.

CONTINUA NA ETAPA 10...

Texto e Fotos:

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