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Modelando a Missão Centenário
No mês de Abril de 2006, todos os tipos de mídia deram atenção à Missão Centenário, onde o primeiro brasileiro foi ao espaço. Tal missão encheu os brasileiros de orgulho, ainda que recebesse várias críticas. Nesse ambiente, resolvi escrever esse pequeno artigo, para que os modelistas pudessem ter referências para modelar esse momento da história aeroespacial, o que ocorre justamente na comemoração de 100 anos do vôo de Santos Dumont. É interessante notar que existem vários modelos no mercado, focando diversos momentos da missão. No entanto, como isso foge ao mundo usual do plastimodelismo, muita coisa é desconhecida.
Foguete/Decolagem: O Foguete que leva os tripulantes é um derivado da Guerra Fria, originalmente projetado como míssil nuclear. O Foguete Soyz-TM existe desde os anos 60, mas tem recebido constantes aperfeiçoamentos. Sua confiabilidade justifica um modelo tão antigo ainda seja usado. O foguete leva a tripulação até os limites da atmosfera, depois ejetando seus propulsores e tanque de combustível, ficando somente a cápsula Souyz, em uma viagem de três dias até alcançar os limites da ISS (International Space Station). Existem dois modelos no mercado, com o foguete Soyuz. Ambos são feitos em resina e estão na escala 1/144. No entanto, o modelo da RealSpace Models é bem mais caro que o fabricado pela Maquette.
Módulo Soyuz: Existe um antigo modelo da Revell, lançado em 1975 e depois reeditado em 1997, que mostra a nave Apollo ligado a Soyuz. Em escala 1/96, seria aproveitando apenas o módulo Soyuz, já que o programa Apollo foi encerrado há tempos. Embora nunca tenha visto tal kit, não sei dizer se é raro ou não. Acredito que seja apenas incomum, pois o modelismo espacial não é muito difundido aqui no Brasil.
Além desse existe um modelo da Soyuz, em escala 1/48, produzido pela NewWare. O modelo é feito basicamente de resina e photo-etched e é muito caro (US$ 125,00). Além disso, indica que é próprio para Soyuz 1,3 e 4. Não posso dizer quais são as modificações necessárias para fazer o modelo usado na missão.
Por fim, uma opção mais barata e comum seria a nave Soyuz da Heller. O kit é antigo e como outros da Heller, possui um escala pouco convencional (1/125). O kit é bastante simples, mas é uma opção bem barata.
ISS-International Space Station: Existem dois modelos para a ISS. O da Revell é maior, por estar na escala 1/144 e também é mais facilmente achável. O modelo da Start tem metade do tamanho (1/288), mas é bem mais barato. Também vale lembrar que o modelo da Revell traz junto duas naves Souyz acopladas, o que facilitaria a modelagem da missão. É importante considerar que apenas 20% da estação espacial está pronta. Aqueles que quiserem modelar a Missão Centenário com maior fidelidade, deverão montar apenas essa pequena parte da estação. Felizmente, acredito que o modelo possa ser montado com a parte pronta e o módulo completo, em peças encaixavéis, podendo assim servir aos dois propósitos. Veja abaixo, o que está pronto atualmente (04/2006).
Módulo de Reentrada e Recovery: Existe um curioso Modelo para esse momento, em escala 1/48, fabricando pela NewWare. O Modelo consiste apenas do Módulo final da Soyuz, e é claramente destinado a fazer-se dioramas. Inclui duas figuras de astronautas. O paraquedas não é incluído, mas imagino que não seja complicado fazê-lo em papel ou outro material maleável.
Como se pode ver, apesar de ser pouco difundido no Brasil, o modelismo de espaço é bastante rico. E veja que estamos tratando apenas de uma missão. Existem diversos outros modelos para programas Apollo, Mercury, Vostok, etc. Esperamos que um dia, mais modelos desse tipo possam ser usados para modelar um pouco da história do Brasil.
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